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A Vida Ficou Mais Dura

Os executivos estão estressados com tanta pressão – e ressentidos com as avaliações “injustas” sobre seus esforços

POR ARIANE ABDALLAH

Imagine passar o dia trabalhando com um saco de areia sobre as costas. É assim que se sentem os executivos brasileiros, segundo uma pesquisa feita com 4.194 profissionais brasileiros. No discurso, as empresas falam em “retenção de talentos” e “desenvolvimento de pessoas”. No dia a dia, o que conta é resultado, resultado, resultado, segundo 92% dos gerentes, diretores, superintendentes, vice-presidentes e presidentes de empresa ouvidos na segunda edição da pesquisa Empresa dos Sonhos dos Executivos, realizada pela consultoria DMRH com a Nextview People.

A pressão é generalizada. Uma reação ao momento que vive o Brasil: a economia caminha devagar, mas há espaço para crescimento, demanda por mão de obra qualificada e uma taxa de rotatividade entre as altas lideranças maior do que a média em outros países – entre os CEOs, o índice de demissões foi de 19,8% em 2012, ante 15% no resto do mundo, segundo a consultoria Booz & Company.

O cenário acirra a competição. Muitas empresas ficaram aquém das metas que traçaram, e exigem mais entrega, mais dedicação, mais criatividade. “Estamos em um momento de crise”, afirma Danilca Galdini, sócia-diretora da DMRH. “Em vez de as pessoas pensarem ‘vamos agir com calma porque o momento é delicado’, o comum é o contrário. Todo mundo quer bater meta, se superar, remar para não cair na cachoeira.”

Nesse clima, muita gente acha que as exigências são injustas: 44% dos executivos se sentem mal avaliados. Pior: mais de um terço acredita que a empresa quer resultado a qualquer preço (leia o quadro). Nem quem ocupa o topo da hierarquia está livre dessa sensação: 21% dos presidentes ou vices de empresas consideram injustas suas avaliações de desempenho. Entre os diretores, a insatisfação sobe para 41%; para gerentes, 49%. A inadequação da avaliação se deve, segundo os executivos, à falta de preparo dos líderes, à falta de uma boa política de avaliação e à pura e simples falta de reconhecimento.

De duas coisas, porém, os executivos não se queixam. “Eles estão felizes com a remuneração no Brasil, em muitos casos acima da média mundial”, diz Danilca. Também não estão temerosos de sentir tédio: a maioria acha que os desafios que tem pela frente estão de bom tamanho. 


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