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O Que Você Faria se Não Tivesse Medo de Mudar?


Por Alexandre Hohagen

Em cem anos, avançamos mais do que nos últimos dois mil. A forma de locomoção mudou, a maneira como nos comunicamos mudou. Nem mesmo a gripe é a mesma. Enfim, o jeito que interagimos com o mundo está completamente diferente.

Algumas vezes a mudança foi para pior, mas acho que todos concordam que, no balanço geral, melhoramos significativamente. Por que então, ainda vejo aqueles que se distanciam na hora de colher os frutos depois de tanto esforço?

Já em 1965, a lei de Moore - que ganhou esse nome devido à previsão do então presidente da Intel, Gordon Moore - trouxe à tona uma questão válida até hoje: a do crescimento tecnológico exponencial, enquanto nós, pessoas, operamos a uma taxa linear. Aplicar essa teoria em um contexto de desenvolvimento empresarial se provou um exercício válido.

Sendo empresas comandadas por pessoas, e não máquinas, fica realmente difícil acompanhar todas as novidades que surgem no mercado dia sim, dia também. Porém, é necessário um esforço extra na preparação para se adaptar a essas mudanças.

A adoção de novas tecnologias por parte das empresas tem tentado acompanhar, de certa forma, essas transformações, especialmente quando traz benefícios diretos às operações - redução do tempo de entrega, respostas imediatas a problemas em potencial entre outras. Porém, existem consequências dessas novidades que nem sempre têm sido levadas em consideração por gestores: o impacto das novas tecnologias na cultura organizacional.

E isso não é exclusivo ao Brasil. Quando nos deparamos com uma nova força de trabalho impaciente com processos burocráticos, interessada em um ambiente de trabalho flexível, acostumada com um mundo de informações em suas mãos e não lá muito apegada à hierarquias, até quando será possível manter processos engessados e uma cultura organizacional do século passado?

Tenho visto o crescente número de matérias questionando as mais variadas formas de utilização de novas tecnologias no ambiente de trabalho. Elas dissertam sobre se gestores devem permitir que funcionários baixem o e-mail corporativo em seus celulares pessoais - essa já até se tornou uma questão legal trabalhista - ou até mesmo sobre o acesso às redes sociais como o Facebook.

Não dá para negar o impacto das redes sociais na vida das pessoas, assim como não é possível ignorar o potencial de negócios inerente a essas plataformas. Bloquear o acesso a esses tipos de recursos em é como tentar tapar o sol com a peneira. Você invariavelmente sairá queimado.

Empresas de internet têm colaborado enormemente com essa (r)evolução corporativa. Não é à toa que grande parte daquelas que tornaram o Vale do Silício um polo tecnológico nada menos do que respeitável estão entre as empresas nas quais as pessoas gostariam de trabalhar.

Isso decorre de beber na fonte dos princípios básicos do mundo da tecnologia em si e transportar isso para a cultura corporativa, preparando sua força de trabalho para a dinâmica de um mundo cada vez mais veloz.

Não ter medo é a base para todas as outras premissas. Não ter medo de tomar decisões, de errar ou de começar tudo do zero. Dessa forma, mover-se rápido é inerente a todo o processo, já que é melhor realizar uma tarefa, um projeto ou uma ação, do que perder tempo buscando a perfeição em um mundo onde tudo muda com uma rapidez quase irreal.

Estimular os profissionais a trabalhar dentro dessa dinâmica me parece a melhor forma de se preparar para as mudanças exponenciais tecnológicas. Faz sentido para você?

Alexandre Hohagen é vice-presidente do Facebook na América Latina


Fonte: valor.com.br
Fonte da imagem: Clique aqui

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