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Ideias Ruins Podem Ser Aproveitadas. Saiba Como

Tente trocar o "Não, mas" pelo "Sim, e também"

Tomar a decisão correta com base em boas avaliações é relativamente fácil. O duro é lucrar com ideias ruins. E, seja sincero, a maioria das que você ouve está mais para a tolice que para a genialidade. O que fazer?

No livro Little bets (“Pequenas apostas”), o escritor e consultor americano Peter Sims sugere usar a técnica dos improvisadores. No palco, o artista não tem como recusar uma deixa do colega. Ele é forçado a construir algo a partir daquele material. É como um repentista, obrigado a fazer uma estrofe a partir da rima do rival. Eles se acostumam, então, a trocar o “não, mas” pelo “sim, e também”.

A técnica é um dos segredos da Pixar, empresa que criou sucessos como Toy Story e Cars. “Eles chamam isso de somar”, diz Sims. “O ponto é construir a partir de ideias alheias, sem fazer juízo negativo delas. Um dos elementos centrais da mágica da Pixar é criar um ambiente em que as ideias são constantemente trabalhadas por outros, com bom humor e alegria.”

A técnica está de acordo com a dialética, um método filosófico cujo usuário mais famoso foi Sócrates, no século 5 a.C. Em vez de cada debatedor tentar fazer prevalecer seu ponto de vista, o objetivo é chegar à verdade por meio da razão: um pensamento – a tese – é contradito por outro – a antítese – e, da tensão entre ambos, surge um terceiro, a síntese. Séculos mais tarde, o filósofo alemão Georg Whilhelm Friedrich Hegel (1770-1831) diria que a dialética é não apenas uma forma de chegar a conclusões, mas o próprio modo de evolução natural. É assim, dizia, que a história progride: pelo embate de forças opostas.

Portanto, uma ideia ruim pode ser simplesmente o início de algo extraordinário. Só depende da qualidade da sua antítese.


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