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Líder Inovador é Cobiçado no Mercado

Profissional percebe boas oportunidades na empresa e desafia a equipe na realização de atividades que vão além das tarefas do dia a dia

Por Edilaine Felix

Muitos administradores e estudiosos do mundo corporativo defendem que as grandes companhias dos últimos anos não foram grandiosas na inovação de produtos, e sim na gestão de processos. "Essas empresas tinham líderes inovadores com talento para perceber uma boa oportunidade. E eles tinham uma equipe motivada para realizar os projetos", afirma o consultor Valter Pieracciani, da consultoria de recursos humanos Pier Consult.

O caráter inovador, porém, nem sempre acompanha os executivos nas posições de comando, o que torna essa característica muito desejada no mercado. Segundo Pieracciani, o profissional, para fazer jus à qualificação, deve resgatar quatro atitudes comportamentais: sentir, sonhar, acreditar e inovar (veja o quadro). "Para o líder inovador, erro é aprendizado, e equipe boa é heterogênea, que produz riqueza nas soluções."

Atuando em uma empresa centrada na inovação de produtos, o engenheiro mecânico e gerente da Meritor, Arnaldo Camarão, procurou um curso de gestão de inovação para melhor cumprir o seu papel de motivar e inspirar o time. "Aprendi que cabe ao líder conhecer as oportunidades que estão dentro dos objetivos da empresa e ter estratégias para direcionar o seu grupo a sair do convencional. Hoje, me considero um profissional mais colaborativo."

Segundo ele, uma empresa inovadora nem sempre é aquela que tem produtos inovadores: pode surpreender nos processos. E, para isso, diz Camarão, deve ter um líder que aplique novidades aos métodos.

Estimular a equipe para que ela esteja atenta aos processos de inovação é a função da gerente de projetos da Cielo, Renata Gimenez. Desde que assumiu a gestão de uma equipe, há cinco anos, ela procura desenvolver competências de liderança que a ajudem na sua trajetória.

"Minha equipe trabalha com projetos de inovação. Era preciso eu entender as competências de comportamento de cada um e do grupo, e também as competências técnicas. E ir além desse entendimento." Com esse objetivo, fez cursos sobre relacionamento, gestão e inovação promovidos pela empresa.

Se deu conta, então, de que liderar em um ambiente inovador é entender as tendências de mercado, de novos produtos e de gestão e saber agir alinhada aos valores da companhia.

Renata diz que inovação é um desafio diário e que é preciso ter um time integrado, com um objetivo único: levar a equipe a sair do convencional e experimentar novos caminhos. "Para isso, eu preciso reconhecer que vou trabalhar com a diversidade, com profissionais com histórias diferentes, e devo combinar as competências e utilizá-las de maneira correta para não desmotivar a equipe."

Interação. Engenheira de alimentos e especialista em inovação em uma multinacional brasileira do setor de alimentos, Maria Cristina Youn Lui quis desenvolver habilidades para desafiar e questionar mais a sua equipe. "Senti necessidade de conhecer mais a respeito de como fazer a gestão da equipe e de levá-la a ficar mais motivada para as inovações da área."

Maria Cristina acrescenta: "Ser líder é inovar na forma de trabalhar, de interagir, é sair do quadrado." A interação e a troca de informações estimulam a gestão colaborativa, essencial para um departamento de inovação, de acordo com a engenheira de alimentos.

"Montar uma equipe, potencializar a expertise de cada integrante é parte da cultura colaborativa da inovação." Ela diz que mudou de um perfil mais técnico para um mais comportamental e que entendeu que inovação passa pelas pessoas diretamente ligadas ao processo.

Trabalhando com processos inovadores há mais de 20 anos, o diretor de tecnologia da Siemens, Ronald Dauscha, diz que a principal função do líder não é a de fazer inovação no sentido de ter ideias brilhantes diariamente ou criar novos produtos, e sim motivar, coordenar e estimular o grupo nas ações e na tomada de decisões.

O diretor acredita que o papel do líder inovador também é se relacionar com outras áreas da empresa, criar e compartilhar. "Inovação é um processo de adaptação com a empresa e com as pessoas. Saber ouvir, conectar pessoas e processos e fazer parcerias são habilidades necessárias", avalia.

Juntamente com a função de atender as demandas das unidades de negócios da empresa, Dauscha também acompanha os jovens talentos que ingressam na Siemens, tarefa que traz, segundo diz, novos desafios. O maior deles: ter colaboradores cada vez mais impertinentes, "no bom sentido". "Ser um líder inovador requer alto nível de liderança, ser disciplinado, e ter preferência por capacitar e formar pessoas, e, evidentemente, ter responsabilidade."


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