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Recrutadores e Profissionais Recorrem ao Twitter

O Twitter está se tornando um novo quadro de empregos, e o novo currículo.

Cansados dos sites tradicionais de recrutamento e da enxurrada de currículos irrelevantes, alguns recrutadores estão recorrendo à rede social para anunciar vagas, buscar candidatos e pesquisar sobre potenciais funcionários.

Aqueles que procuram emprego, por outro lado, estão tentando resumir seus currículos em 140 caracteres ou vídeos de seis segundos.

O Twitter, fundado em 2006, ainda não está revolucionando o recrutamento, mas alguns empregadores já estão usando a rede, e citam como vantagens o contato direto e ágil com os candidatos e o acesso para aumentar suas redes de contato.

A atração pela rede vai aumentar à medida que o site se desenvolve, diz Josh Bersin, fundador da Bersin by Deloitte, uma empresa de recursos humanos que pertence à Deloitte. "As empresas veem o potencial e elas sabem que com o tempo a Twitter vai se tornar mais sofisticado", diz. Isso vai permitir que recrutadores atinjam os indivíduos certos tanto com “tweets” patrocinados – basicamente, anúncios de emprego – e “tweets” normais, diz ele.

Outros se mantêm céticos.

As regras do recrutamento pelo Twitter, por exemplo, ainda não estão claras: os candidatos devem postar apenas por motivos profissionais ou atualizações pessoais estão liberadas? Os recrutadores devem responder a conversas iniciadas por candidatos?

E como se escreve um currículo com 140 caracteres – um único “tweet” resumindo sua experiência e atributos diferenciados?

Em fevereiro, a Enterasys, uma empresa de infraestrutura de redes, decidiu recrutar exclusivamente pelo Twitter para uma posição de marketing de mídias sociais. A empresa promoveu a vaga por meio de “tweets” e só aceitou candidatos que manifestaram o interesse pela “hashtag” #socialCV. Entre os requisitos para os candidatos: mais de mil seguidores ativos.

Após selecionar 15 finalistas, Ava Afshar, o diretor de marketing da empresa, diz que ele se convenceu de que recrutar pelo Twitter é um bom caminho. "Estou quase certo de que vou abandonar o processo por currículo", diz. "A internet é seu currículo, e as redes sociais são suas referências".

Jocelyn Lai, uma gerente de aquisição de talento para a agência de publicidade GSD&M, diz que ela usa o Twitter regularmente para avaliar melhor os candidatos. "Eu observo como as pessoas interagem, vejo qual emprego elas têm atualmente, quem são seus melhores amigos no Twitter, se eles têm senso de humor. Dá para aprender muito com isso".

Ainda assim, a maioria dos executivos de recursos humanos e recrutadores ainda não adotou o Twitter para anunciar vagas, e acha outras redes sociais, como o LinkedIn, mais eficientes. Além disso, eles não têm certeza de que seu público-alvo está usando a rede com o objetivo de procurar emprego.

Em março, a consultoria de recursos humanos CareerXroads descobriu que, de 37 grandes empresas americanas, nenhuma delas estava usando o Twitter extensivamente para anunciar vagas ou identificar candidatos. Mas a pesquisa mostrou que os recrutadores esperam usar a plataforma com mais frequência no futuro, especialmente para anunciar vagas abertas.

Em algumas partes do mercado de trabalho, como nos segmentos de mídia e tecnologia, os candidatos e recrutadores têm mais confiança do valor do Twitter.

Lars Schmidt, diretor sênior de aquisição de talentos e inovação na NPR, usou o Twitter quando ele passou da Ticketmaster para a rádio sem fins lucrativos. Com recursos mais limitados, estratégias mais criativas foram essenciais para atingir os objetivos de recrutamento. Ele começou uma conta no Twitter chamada @NPRJobs e agora a usa não apenas para anunciar a abertura de vagas, mas para compartilhar informação sobre a cultura da empresa, promover vagas em emissoras parceiras e oferecer dicas de carreira.

"As pessoas que são ótimas nem sempre estão procurando emprego e não estão necessariamente visitando nossa página de carreiras, mas eles estão nas redes sociais", diz Schmidt. Duas das principais contratações do ano passado se candidataram às vagas depois de ver os anúncios na linha do tempo de pessoas que elas seguiam.

Schmidt diz que a interação com os candidatos e potenciais candidatos é o que faz a ferramenta funcionar. Ele estima que responde a cerca de 90% dos “tweets” que recebe. "As empresas que não conseguem recrutar pelo Twitter são aquelas que usam o site apenas para anunciar vagas e não interagem com os outros. Se você está só anunciando vagas, o Twitter funciona como um quadro de empregos".

O Twitter, que diz que têm mais de 200 milhões de usuários ativos mensais, está ciente do uso da rede como ferramenta de recrutamento. No início deste ano, a empresa promoveu um chat sobre busca de emprego na sua sede em São Francisco e recebeu centenas de “tweets” em resposta às questões levantadas. A natureza pública do Twitter "permite que você desenvolva uma certa harmonia com recrutadores e empresas às quais você não teria acesso de outra forma", diz a porta-voz do Twitter Alexandra Valasek. "Um ‘tweet’ é muito mais fácil de mandar do que um e-mail ou uma ligação telefônica".

Em fevereiro, a jornalista de rádio Dawn Siff usou o novo programa de vídeo do Twitter, o Vine, para criar um currículo de seis segundos. No curto período de tempo, ela usa objetos como um cubo mágico, uma lâmpada e um sabre de luz, e diz que é, além de jornalista, uma "máquina de ideias", uma estrategista, uma gerente e uma "Jedi de prazos".

O “tweet” viralizou, fazendo com que ela aumentasse o número de seguidores na rede e rendesse reportagem de televisão.

Dawn acabou de começar em um novo emprego como gerente de projetos em uma grande empresa de mídia. Apesar de o vídeo do Vine não ter sido diretamente responsável pela vaga, ela diz que os executivos da companhia se impressionaram com ele.

"Essa é uma nova era, onde todo mundo precisa ter uma voz, e você quer deixar um rastro digital de si mesmo", diz ela.

Já Eric White não teve tanta sorte. Um jornalista buscando uma chance na área de relações públicas, ele anunciou seu currículo em um “tweet”, mas tendo apenas algumas dúzias de seguidores, não recebeu muita atenção. No fim, decidiu começar a própria empresa de relações públicas.

Depois de recrutadores e candidatos se "encontrarem" no Twitter, meios mais tradicionais de contratar normalmente substituem a rede social: candidatos podem tuitar um link para o currículo ou um perfil mais completo de outra rede social, seguido de telefonemas e entrevistas.

Mas para fazer o primeiro contato, Kathryn Minshew, fundadora do site de carreiras TheMuse.com, por exemplo, defende o currículo de 140 caracteres. Um “tweet”, ela explica, "é o novo 'pitch' de elevador".

(Dow Jones Newswires)


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