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Novas Lições Para Domar Uma Antiga Fera: SEU CHEFE

Conflitos entre líderes e subordinados estão longe de desaparecer. Conheça os mais atuais e descubra como se defender 

Por Andrea Giardino

Falar sobre o chefe é importante. Mais de 95% de todas as pessoas que trabalham têm um superior ou lideram uma equipe - ou ambos. Os líderes têm um papel relevante no dia a dia da empresa por que eles dão o tom que será seguido pelos demais empregados. Gestores equilibrados mantêm um ambiente produtivo sem elevar o nível de estresse do time. Porém, há estudos que mostram que sete em cada dez pessoas acham que lidar com o chefe é a parte mais estressante do trabalho. 

Péssimos gestores podem causar danos à sua saúde. Uma pesquisa suíça, publicada no ano passado no jornal médico Occupational and Environmental Medicine, revela que profissionais que respondem a maus chefes têm de 20% a 40% mais chance de sofrer um ataque cardíaco. O levantamento acompanhou 3 122 trabalhadores por dez anos. Essas informações constam no livro Good Boss, Bad Boss: How to Be the Best and Learn from the Worst (algo como "Chefe bom, chefe mau: como ser o melhor e aprender com os piores"), de Robert Sutton, lançado no mês passado nos Estados Unidos pela Editora Business Plus e sem previsão de chegada ao Brasil. Robert é professor de gestão na universidade americana de Stanford e estuda assuntos relacionados à liderança há quase 30 anos.

Acredite-se ou não nos números expostos por Robert, o fato é que confrontos com o chefe vão continuar existindo. Hoje, os principais detonadores são a forte pressão por desempenho, as fusões e aquisições, que criam um ambiente de incerteza, e a chegada dos jovens, mais questionadores, às empresas. 

No livro Por Que as Pessoas Odeiam Seus Chefes? (Editora Sextante), o consultor americano Bruce L. Katcher lista as reclamações dos funcionários a partir de um estudo feito por sua companhia. As principais queixas são: falta de reconhecimento, tratamento desrespeitoso e ausência de liberdade para opinar. Por aqui, as críticas são similares. No entanto, quem deseja alcançar postos mais altos precisa cuidar do relacionamento com os superiores. 

Para a headhunter Fátima Zorzato, presidente da consultoria Russell Reynolds no Brasil, o segredo está em desenvolver uma boa química com a liderança — tentar alinhar estilos de trabalho e objetivos. Nas próximas páginas, você vai ler depoimentos de pessoas que tiveram problemas recentes com os superiores. 

Para não expor os profissionais, não publicamos o nome deles nem o da companhia para a qual trabalham. Também apresentamos os conflitos mais frequentes exibidos no canal Malhe Seu Chefe, do site da VOCÊ S/A. Trata-se de um fórum em que funcionários contam as agruras cometidas pelos gestores. Saiba como sobreviver a situações conflituosas com o chefe e garantir uma vida mais feliz no trabalho.

"MEU CHEFE SÓ PROMOVE QUEM TEM QI QUEM INDICA"

Mesmo nas organizações que adotam políticas claras de carreira, as acusações de apadrinhamento continuam existindo. Uma multinacional suíça criou no ano passado um comitê de gestores para validar promoções, a fim de coibir escolhas baseadas exclusivamente na preferência do chefe. Resultado: as pessoas passaram a bajular todos os integrantes do comitê. A questão é estabelecer o limite entre política e politicagem. Fazer alianças e contar o que você está fazendo é importante para gravar seu nome na memória de quem decide: seu chefe ou, talvez mais importante, o chefe do seu chefe. "Uma empresa é feita de pessoas e a indicação faz parte do comportamento humano", diz o coach Silvio Celestino, da Alliance Coaching, de São Paulo. Em vez de se lamentar, deixe os outros saberem o que você anda fazendo e crie para si mesmo oportunidades de ser o indicado.

"O CARA É UM WORKAHOLIC"

Depoimento: "Meu chefe é do tipo que nos faz ficar até de madrugada. Ele não emenda feriado e, se o faz, dá um jeito de enviar pelo menos uns três ou quatro e-mails e quer que a gente responda na mesma hora". Recomendação: se você tem um chefe assim, estabeleça regras. Em boas empresas, hoje, os chefes têm a obrigação de zelar pelo clima. "Não é vergonha externar que você tem limites. Aliás, é bom porque o chefe terá parâmetros para saber se está exagerando, sobrecarregando você de coisas ou não", observa Fábio Lobo, presidente do iG.


"MEU GESTOR DIZ QUE NÃO GOSTA DE TRABALHAR COM MULHERES E HOMOSSEXUAIS"

Por incrível que pareça, demonstrações de preconceito ainda são comuns nas empresas. O que fazer num caso desse? Quando uma pessoa é ofendida gravemente, a reação natural é perder a cabeça e partir para a briga. No entanto, é interessante tentar se conter no primeiro momento. "Nada de desabar em prantos", diz Anna Chaia, presidente da L'Occitane, empresa de cosméticos. A melhor coisa a fazer, diz a executiva, é propor ao chefe encerrar a discussão momentaneamente. Vá para casa e esfrie a cabeça. Retome o assunto no dia seguinte e diga ao chefe que está se sentindo discriminado. "Isso é um caso grave, que o profissional tem o dever de tornar público", diz a coach Vicky Bloch. Portanto, não tenha medo de retaliações. "Se isso ocorrer, denuncie ao RH."


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