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O Gerente Nota 10

Eu vou iniciar este artigo fazendo a seguinte pergunta; O gerente que se diz gerente precisa ter autonomia? Parece uma pergunta óbvia, mas o que infelizmente vemos no mercado é que isto não é verdade.





O perfil do cargo de gerente tem mudado muito ao longo dos anos. Foi-se o tempo em que os profissionais que exerciam essa função eram submissos a seus patrões. Hoje vivemos na era da humanização, ou seja, as empresas precisam entender que o cliente é seu maior sentido de existir. E o gerente precisa entender ainda mais que ele precisa ter o que chamamos em inglês de poder, “empowerment”. Porém, não é isso que vemos por ai. O que vemos são empresas que pouco se importam com o bem estar do cliente, se o que ela (empresa) está oferecendo agrega muito mais do que um simples produto e se ele (o cliente) ficará realmente satisfeito com o que está adquirindo.



O fato é que muitas vezes o gerente não é totalmente culpado por não ser competente no que faz, é claro que ele poderia muito bem usar de bom senso na hora de resolver algo em prol do cliente, mas não o faz por medo e por não ter autonomia para tal. Na verdade, o maior culpado de todo este processo é quem o coloca para exercer a função de gerente. Muitas vezes é aquele vendedor, por exemplo, exemplar que já tem muito anos dentro da empresa e que merece todo respeito e confiança. Então, em um belo dia ele dorme vendedor e acorda gerente. No primeiro momento, felicidade total, o cargo dos sonhos. Agora todos o vão respeitar, pois ele é gerente. Ele vai poder olhar para todos seus subordinados de cima para baixo sem ser criticado, pois ele é gerente.



E começa o primeiro dia de trabalho, ele um pouco tenso, mas confiante. De repente, um cliente vem até ele a mando do vendedor pedir um desconto a mais em um produto por estar pagando à vista, porém, ele diz que não pode fazer nada, pois seu patrão não o autorizou a dar desconto maior que o da vitrine, então o cliente sai sem o produto e aborrecido. Ele chama o vendedor q tinha atendido o cliente e pergunta quem o tinha autorizado a mandar cliente conversar com ele, e o vendedor disse que ele era o gerente e podia resolver mais do um simples vendedor e ele chama atenção de seu subordinado na frente de todos.



O dia vai passando, as responsabilidades aumentando, as insatisfações dos clientes internos e externos também. Termina o dia, o novo gerente está exausto, mas feliz por ter cumprido sua missão (na sua visão). Depois de um mês de árduo trabalho, seu patrão o chama e diz que ele e sua equipe não estão trazendo o resultado que ele esperava ter e o ameaça dizendo que ele tinha que melhorar os números da empresa senão...



Daí você pode concluir que a corda no pescoço do gerente vai apertando cada vez mais e onde entra a contribuição do dono da loja para ajudá-lo a realmente aprender a gerenciar?



Isso, amigo, é só um exemplo, mas tirado de nossa realidade. Grande maioria dos gerentes não está preparada para o desafio de ser gerente, estas pessoas são simplesmente jogados aos leões e obrigados a trazer resultados satisfatórios para o bolso do patrão. É claro que não seremos hipócritas de dizer que não queremos obter lucro, esta é a grande razão da existência de um negócio. Mas então por que não preparar as pessoas para o mercado? Por que não capacitá-las para gerenciar com eficiência e eficácia? Não seria mais fácil e os resultados positivos mais prováveis de acontecer?



Gerenciar um estabelecimento vai muito além de apenas mandar, passa por delegar, liderar, ter noções dos números da empresa, estabelecer metas, enfim muitos atributos. O que os patrões estão fazendo é simplesmente colocar um funcionário comum para ficar na linha de frente de seu negócio. E o gerente não um funcionário comum, é alguém que juntamente com sua equipe vai tirar seu estabelecimento de um ponto e posicioná-lo em outro bem melhor no mercado, é o gerente nota 10.




Por Amandio Junior
Fonte: O Gerente

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