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Como Atuar numa Sessão de Brainstorming

Por: Gisela Kassoy

A convocação já foi feita. Está chegando a data na qual você terá que dar idéias, muitas idéias. O que fazer se você não tiver idéia nenhuma? E quando disserem para falar qualquer coisa, como lidar com o receio de parecer ridículo?

A inovação está sendo cada vez mais solicitada às empresas e você sabe que sua capacidade de apresentar, aceitar e aperfeiçoar idéias será cada vez mais valorizada.

Mas é possível que você não se sinta muito à vontade com o brainstorming, ou que não acredite nele ou na sua capacidade de gerar idéias.

Como garantir um bom desempenho?
Em primeiro lugar, é preciso entender os princípios do brainstorming: ele possui duas etapas - a divergente, na qual a proposta é ter muitas idéias e a convergente, na qual as idéias são selecionadas, agrupadas e avaliadas. A etapa convergente não é muito diferente do que fazemos no nosso cotidiano: somos todos experts em fazer julgamentos, aprovar, vetar...
Já a etapa divergente pode parecer mais difícil: ela exige ousadia, capacidade de combinar idéias e até um certo esforço mental para conseguirmos direcionar o pensamento para além do trivial.

Você já pode ter ouvido falar das regras do jogo - “adiar o julgamento, visar a quantidade, pegar carona nas idéias alheias, combinar e aperfeiçoar...”. Mas para que tudo isso? A tradução para o português de brainstorming é tempestade cerebral. Ele se beneficia do fenômeno mental do direcionamento, ou seja, quando focamos a mente para pensar num determinado sentido, potencializamos nossa capacidade de pensar desta forma. Por exemplo, quanto mais observamos detalhes, maior a nossa capacidade de perceber detalhes. Da mesma forma, quanto mais idéias temos, maior a nossa capacidade de ter idéias É por isso que, nessa fase, não importa se as idéias são boas ou não, o que importa é o fluxo. Além disso, as idéias ditas malucas são justamente aquelas que têm mais potencial para se transformar em idéias originais e válidas, desde que bem trabalhadas na fase posterior.

O brainstorming é de fato uma ocasião especial: normalmente valoriza-se o bom senso, os acertos, as boas argumentações. No brainstorming, o que importa é a ousadia, a disposição para colaborar, as elucubrações.

É possível se preparar para um brainstorming? Claro. O primeiro passo é não se angustiar, evitar pensar que não terá idéias ou que suas idéias serão vetadas. O negativismo é um dos maiores inimigos da criatividade.
Quanto mais você se preocupa ou se deprime, menor a sua possibilidade de contribuir. Por outro lado, ajuda saber de antemão para quais áreas ou situações você deverá dar idéias. Apenas devido ao fato de conhecer o tema do brainstorming, sua mente já estará se preparando.

Mais ainda, V. pode programar sua mente para ter idéias. Isso mesmo. Há pessoas que não usam despertador, apenas programam suas mentes para acordar num determinado horário e conseguem. Da mesma forma, V. pode programar seu inconsciente para antes da reunião gerar, por exemplo, 3 alternativas para determinada questão. Nem se preocupe se as idéias não surgirem, seu inconsciente já está trabalhando. Esta técnica se chama Incubação Programada e funciona para quem confia nela.

Como sua mente já está trabalhando, você poderá ter idéias a qualquer momento: no banho, no sono, praticando esportes ou mesmo durante a execução de outras tarefas. Anote essas idéias, pois elas são muito voláteis. E quanto mais anotar mais idéias terá.

Além disso, se tiver tempo, vá soltando a mente. Liste suas idéias, as boas, as más, as absurdas, as improváveis. Não as censure, não as selecione. Apenas leve-as para a reunião. Mas, cuidado: apesar de ter anotado suas idéias, não se apegue muito a elas, nem fique se preparando para defendê-las. Se você estiver muito apaixonado por sua idéia dificilmente terá outras e tenderá a não aprovar outras sugestões ou modificações à sua idéia inicial.

Não se esqueça de estar aberto para as táticas do facilitador: abandone o espírito crítico, tanto para as idéias como para o que ocorrer durante a reunião. O brainstorming requer humor e mentes abertas. É necessariamente uma reunião diferente das demais. Assim como nas academias de ginástica, no brainstorming há esforço e gratificação. As sessões são desafiantes, mas também prazerosas. Vá com o espírito aberto e vontade de participar. Você e sua empresa só têm a ganhar.


Gisela Kassoy é Consultora especialista em Inovação Contínua.
Fonte: empreender para todos

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